O meu primeiro momento de reflexão sobre a minha relação com a alimentação surgiu ao ler o livro "O Peso das Dietas" escrito por Sophia Derm. Nessa obra, a autora aborda como fomos condicionados a forçar as crianças a limparem o prato e a elevar as sobremesas a um status quase divino, transformando assim os alimentos essenciais em meras obrigações.
Para alguém como eu, que sempre enfrentou o ciclo de ganho e perda de peso, a alimentação sempre representou um aspecto complexo da minha vida. Quando encontrei essa perspectiva no livro, mergulhei em minhas memórias, tentando entender como essa relação se formou durante a minha infância. Recordações dos cafés matinais na casa da minha avó vieram à mente, onde minhas tias meticulosamente pesavam a comida e minha mãe dividia bolachas recheadas em porções para evitar ganho de peso.
Embora nunca tenha sido uma criança ou adolescente com excesso de peso, desde cedo absorvi a noção de que a comida era um perigo iminente para o aumento de peso, e que nunca alcançava um peso suficientemente baixo. Curiosamente, somente na vida adulta aprendi a valorizar saladas e vegetais, compreendendo a importância de nutrientes para uma vida saudável. Em minha família, a ênfase recaía muito mais sobre restrições e alimentos proibidos, e nunca sobre a nutrição e bem-estar.
Até hoje, luto para redefinir minha relação com a alimentação, focando em nutrir meu corpo em vez de me preocupar incessantemente com o ganho ou perda de peso. No que diz respeito à atividade física, nunca me foi incutido que era uma obrigação para evitar o ganho de peso. Por isso, encaro o exercício de forma natural, voltada para a saúde, em vez de constantemente pensar em emagrecer.
O que quero transmitir é que tomar decisões fundamentadas na saúde e considerar a estética como uma consequência é muito mais simples e libertador.
Olá, sou a Mayara!
Nutrição por amor a saúde da mente e longevidade!